sábado, 1 de junho de 2013

Dicionário feito por crianças revela a adultos um mundo que já esqueceram




Deixai vir a Mim as crianças, porque delas é o Reino dos Céus
(MT. 19,13-15)


Jesus ao pronunciar estas palavras estava nos dando uma direção muito importante, a que fôssemos como crianças no coração. Ele sabia o que estava falando. E essas palavras são muito atuais, são para agora! Cada um de nós tem que ter a inocência das crianças, a pureza. Temos que viver conforme o que pensamos e achamos certo. Viver com nossa verdade.
Preparei a postagem de hoje ao ler uma reportagem muito interessante sobre um dicionário com verbetes infantis, feitos por crianças. A reportagem fala sobre um professor que passou dez anos pesquisando esses verbetes infantis. E senti-me emocionada com alguns deles, seu modo simples de pensar e descrever seus entendimentos sobre varias coisas. Abaixo segue uma parte desses verbetes. Não leiam apenas, mas reflitam!

Maura Nelle



A Feira do Livro de Bogotá, que aconteceu no final de abril, teve como maior sucesso um livro chamado “Casa das estrelas: o universo contado pelas crianças”. Mais especificamente, uma parte dele: um dicionário feito por crianças que traz cerca de 500 definições para 133 palavras, de A a Z.
Apesar de lançado originalmente em 1999, o livro foi reeditado neste ano. Javier Naranjo, o autor, conta que compilou as informações durante dez anos enquanto trabalhava como professor em diferentes escolas do estado de Antioquía, região rural do leste do país.
A ideia surgiu quando, em uma comemoração do Dia das Crianças, ele pediu que seus alunos definissem a palavra “criança”. O resultado encantou o professor – uma das definições era “uma criança é um amigo que tem o cabelo curtinho, não toma rum e vai dormir mais cedo”. A partir daí foram surgindo novas definições, que eram sempre anotadas e guardadas.
Para ele, as crianças têm uma lógica diferente, uma maneira própria de entender o mundo e de revelar muitas coisas que os adultos já esqueceram. É assim que, no peculiar dicionário, o adulto é uma “pessoa que em toda coisa que fala, fala primeiro de si”,  água é uma “transparência que se pode tomar”, um camponês “não tem casa, nem dinheiro. Somente seus filhos” e a Colômbia é “uma partida de futebol”.



os verbetes

Adulto: Pessoa que em toda coisa que fala, fala primeiro dela mesma (Andrés Felipe Bedoya, 8 anos)

Ancião: É um homem que fica sentado o dia todo (Maryluz Arbeláez, 9 anos)

Água: Transparência que se pode tomar
(Tatiana Ramírez, 7 anos)

Branco: O branco é uma cor que não pinta
(Jonathan Ramírez, 11 anos)

Camponês: um camponês não tem casa, nem dinheiro. Somente seus filhos 
(Luis Alberto Ortiz, 8 anos)

Céu: De onde sai o dia
(Duván Arnulfo Arango, 8 anos)

Colômbia: É uma partida de futebol
(Diego Giraldo, 8 anos)

Dinheiro: Coisa de interesse para os outros com a qual se faz amigos e, sem ela, se faz inimigos 
(Ana María Noreña, 12 anos)

Deus: É o amor com cabelo grande e poderes 
(Ana Milena Hurtado, 5 anos)

Escuridão: É como o frescor da noite
(Ana Cristina Henao, 8 anos)

Guerra:Gente que se mata por um pedaço de terra ou de paz (Juan Carlos Mejía, 11 anos)

Inveja: Atirar pedras nos amigos
(Alejandro Tobón, 7 anos)

Igreja: Onde a pessoa vai perdoar Deus
(Natalia Bueno, 7 anos)

Lua: É o que nos dá a noite
(Leidy Johanna García, 8 anos)

Mãe: Mãe entende e depois vai dormir
(Juan Alzate, 6 anos)

Paz: Quando a pessoa se perdoa
(Juan Camilo Hurtado, 8 anos)

Sexo: É uma pessoa que se beija em cima da outra (Luisa Pates, 8 anos)

Solidão: Tristeza que dá na pessoa às vezes
(Iván Darío López, 10 anos)

Tempo: Coisa que passa para lembrar
(Jorge Armando, 8 anos)

Universo: Casa das estrelas (Carlos Gómez, 12 anos)

Violência: Parte ruim da paz (Sara Martínez, 7 anos)


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Maura Nelle