sábado, 15 de junho de 2013

Apenas uma Rotina






 
Acordar cedo antes das seis da manhã. Preparar o café da turminha que vai para a escola e para o marido que vai trabalhar. Tomar banho, se por arrumada. Arrumar os filhos. Por comida para os animais. Levar as crianças para a escola. Na volta, passar no verdureiro e comprar alguma verdura fresca para o almoço. E acredite, até então é a tarefa mais difícil do dia. Cada um gosta de uma coisa, e quase ninguém gosta da mesma coisa. Assim, lá vou eu... E é apenas o início da manhã. Começar a arrumar a casa, porque é algo para o dia todo.

 Guardar os brinquedos espalhados desde as brincadeiras da noite, quando as crianças não brincam mais no quintal, mas em seus quartos ou mesmo na sala, com a família reunida. Telefonar para a mãe, para a sogra, para alguma ou outra amiga. Resolver problemas de banco, de contas e tal... Ver quanto sobrou e o que ainda tem que ser orçado. Voltar para a cozinha e limpar a bagunça do café da manhã. Ir para a área de serviço, o que representa um monte de roupas para lavar. Tirar a roupa seca estendida no varal e colocar no cesto de roupas para passar. E isso é tarefa para o fim da tarde.

Depois de adiantar o almoço, lá vou eu buscar os três amores. E então vem a saga do banho para almoçar. Já chegam jogando tudo no chão do quarto. E por mais que se apele ao bom senso, enquanto a euforia da volta não cessa, também não cessam as bagunças provisórias. Depois do almoço, tudo, mais tudo mesmo terá de ir para o lugar, do contrário tem castigo. Roupa limpa, cheiro bom da comida posta à mesa. Nada de comer assistindo TV. Hora do almoço é sagrada. E todos têm alguma coisa que contar. É a hora da partilha. 

As tarefas da casa: quem lava a louça, quem seca, quem guarda. Quem varre e passa o pano no chão da cozinha. Tarefa coletiva cumprida, cada qual para seu quarto, guardando suas coisas, são as tarefas particulares. Tudo feito, momento de descansar. Uns dormem, outros vão brincar no quintal. Mas sempre algum deles, como se combinassem, vem para perto, ficar junto, dar e receber carinho. O brinde extra é o cafuné, às vezes para a mãe, às vezes para o filho. É a melhor parte.

Vai alto à tardinha, chega a hora de estudar, fazer as tarefas da escola, os trabalhos.Pesquisas na internet e momento de ver a agenda.As vezes  vem elogio, vem avisos. E nos momentos de queixa, uma boa conversa. E tarefa extra se for o caso. Para eles mais uma hora de estudo sobre a lição do dia, para mim, cabe a roupa por passar. E sempre um deles para minimizar o tempo de estudos, vem ajudar de livre vontade. Vou dar uma ‘olhada’ naquilo que estão aprendendo ou não. Momento do lanchinho da tarde.

Ao início da noite, vem a expectativa da volta do pai. Então é o momento deles. Sirvo apenas o lanche do marido e fico livre por quase uma hora inteira, uffa!Geralmente é a hora em que vou para meus trabalhos manuais, que se divide entre o crochê, o bordado e uma costura ou outra...Mas é o meu tempo.E sou grata por isso.É durante esse tempo que penso  em mim, sobre roupas, cultura e até no lazer com a família ou somente com o marido.Tudo sai melhor se planejado.

Faço a janta, sirvo e depois arrumo a cozinha e não vou dormir sem deixar tudo no lugar, do contrário será mais trabalho pela manhã. Família reunida na sala, um bom momento para conversamos e ficamos todos juntos. Às vezes um bom filme para todos e depois cada um vai para seu quarto, dormir ou ler. Hábito de todos da família. Eu e o marido ficamos mais tempo conversando, discutindo situações e arrumando soluções. Uma vida vivida a dois. O amor partilhado, não dividido. 

Mais tarde, reunidos no meio da cama, há o Amor para renovar a rotina do dia, da vida e transformar em felicidade a rotina do próprio amor.

Maura Nelle.

Um comentário:

  1. Essa é uma linda rotina. Por vezes até reclamamos, cansamos, mas vale muito! beijos,chica

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Paz e Bem!
Maura Nelle