Acordar
cedo antes das seis da manhã. Preparar o café da turminha que vai para a escola
e para o marido que vai trabalhar. Tomar banho, se por arrumada. Arrumar os
filhos. Por comida para os animais. Levar as crianças para a escola. Na volta,
passar no verdureiro e comprar alguma verdura fresca para o almoço. E acredite,
até então é a tarefa mais difícil do dia. Cada um gosta de uma coisa, e quase
ninguém gosta da mesma coisa. Assim, lá vou eu... E é apenas o início da manhã.
Começar a arrumar a casa, porque é algo para o dia todo.
Guardar os brinquedos espalhados desde as
brincadeiras da noite, quando as crianças não brincam mais no quintal, mas em
seus quartos ou mesmo na sala, com a família reunida. Telefonar para a mãe,
para a sogra, para alguma ou outra amiga. Resolver problemas de banco, de
contas e tal... Ver quanto sobrou e o que ainda tem que ser orçado. Voltar para
a cozinha e limpar a bagunça do café da manhã. Ir para a área de serviço, o que
representa um monte de roupas para lavar. Tirar a roupa seca estendida no varal
e colocar no cesto de roupas para passar. E isso é tarefa para o fim da tarde.
Depois
de adiantar o almoço, lá vou eu buscar os três amores. E então vem a saga do
banho para almoçar. Já chegam jogando tudo no chão do quarto. E por mais que se
apele ao bom senso, enquanto a euforia da volta não cessa, também não cessam as
bagunças provisórias. Depois do almoço, tudo, mais tudo mesmo terá de ir para o
lugar, do contrário tem castigo. Roupa limpa, cheiro bom da comida posta à
mesa. Nada de comer assistindo TV. Hora do almoço é sagrada. E todos têm alguma
coisa que contar. É a hora da partilha.
As
tarefas da casa: quem lava a louça, quem seca, quem guarda. Quem varre e passa
o pano no chão da cozinha. Tarefa coletiva cumprida, cada qual para seu quarto,
guardando suas coisas, são as tarefas particulares. Tudo feito, momento de
descansar. Uns dormem, outros vão brincar no quintal. Mas sempre algum deles,
como se combinassem, vem para perto, ficar junto, dar e receber carinho. O
brinde extra é o cafuné, às vezes para a mãe, às vezes para o filho. É a melhor
parte.
Vai
alto à tardinha, chega a hora de estudar, fazer as tarefas da escola, os
trabalhos.Pesquisas na internet e momento de ver a agenda.As vezes vem elogio, vem avisos. E nos momentos de
queixa, uma boa conversa. E tarefa extra se for o caso. Para eles mais uma hora
de estudo sobre a lição do dia, para mim, cabe a roupa por passar. E sempre um
deles para minimizar o tempo de estudos, vem ajudar de livre vontade. Vou dar
uma ‘olhada’ naquilo que estão aprendendo ou não. Momento do lanchinho da tarde.
Ao
início da noite, vem a expectativa da volta do pai. Então é o momento deles.
Sirvo apenas o lanche do marido e fico livre por quase uma hora inteira,
uffa!Geralmente é a hora em que vou para meus trabalhos manuais, que se divide
entre o crochê, o bordado e uma costura ou outra...Mas é o meu tempo.E sou
grata por isso.É durante esse tempo que penso
em mim, sobre roupas, cultura e até no lazer com a família ou somente
com o marido.Tudo sai melhor se planejado.
Faço
a janta, sirvo e depois arrumo a cozinha e não vou dormir sem deixar tudo no
lugar, do contrário será mais trabalho pela manhã. Família reunida na sala, um
bom momento para conversamos e ficamos todos juntos. Às vezes um bom filme para
todos e depois cada um vai para seu quarto, dormir ou ler. Hábito de todos da
família. Eu e o marido ficamos mais tempo conversando, discutindo situações e
arrumando soluções. Uma vida vivida a dois. O amor partilhado, não dividido.
Mais
tarde, reunidos no meio da cama, há o Amor para renovar a rotina do dia, da
vida e transformar em felicidade a rotina do próprio amor.
Maura
Nelle.
Essa é uma linda rotina. Por vezes até reclamamos, cansamos, mas vale muito! beijos,chica
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