Em nosso plano para juntar nossos pais ,não estávamos levando em conta os motivos deles para continuarem separados, somente resolvemos por nossa própria conta querer ficar juntas para sempre, em uma mesma casa , como uma só família.Aos quinze anos de vida só entendíamos e acreditávamos que seria maravilhoso ter uma família completa novamente .Porém não sabíamos que apesar de se amarem ,não conseguiam conviver com suas diferenças, seus hábitos e características pessoais. Eram em tudo muito distintos um do outro e mesmo tendo convivido algum tempo juntos, não significava que não brigassem ou mesmo implicassem muito um com o outro o tempo todo.
Nos primeiros 10 dias em que estava na casa de minha mãe, aos poucos fui me acostumando com a escuridão permanente, apesar da icrível iluminação, porque saímos para muitos lugares exatamente para que eu pudesse me habituar aos dias sendo noites.Foi até mesmo divertido para mim que passei a querer ir a lugares que eram realmente escuros, as 10 horas da manhã.Isso depois de vencer a diferença de fuso do Brasil para Noruega.E em pouquíssimos dias ninguém diria que eu era uma menina dos trópicos, acostumada ao sol e calor.Me sentia muito confortável naquelas roupas tão necessárias que aqueciam não só ao corpo , mas a alma também.Meu estado de espírito era assim, feliz e confortável ,mesmo em uma temperatura abaixo de zero.
Papai, apesar de se mostrar entusiasmado com a ideia de ir me encontrar e estar junto com todas nós, não pode ir.Os negócios não poderiam ficar sem ele durante tanto tempo e seu melhor assistente estava em férias em algum outro estado brasileiro.Mamãe apesar de um tanto decepcionada, não se mostrou contrariada e escreveu uma carta para seu ex- marido lamentando que não pudesse ir, mas dizendo entender seu comprometimento com o trabalho. ( O que depois ficamos sabendo, minha irmã e eu, que este exato comprometimento profissional foi uma das principais causas de brigas entre eles ). Frustrada mesmo ficamos nós, que apesar de estar passando dias incríveis, já lamentávamos a nossa futura separação.Quando recebemos a carta de papai, soubemos que nossa intenção não iria realizar-se.A partir desse momento, entendemos que teria que haver outro jeito para ficarmos juntas,mesmo que nossos pais continuassem separados.
Em nossas conversas ficávamos horas conjecturando, e pensando possibilidades de fazer com que eles se encontrassem.E como papai não iria vir para ficar uns dias e levar-me com ele novamente, estávamos arquitetando algo que fizesse mamãe ir ao Brasil para levar-me de volta .Mas essas nossas conversas não impediam que aproveitássemos tudo ao que tinhamos doireito. E quando finalmente em meados de fevereiro o sol apontou no horizonte, foi deslubrante para mim. Depois daquelas férias nunca mais veria o sol como antes.Era maravilhoso apreciar o nascer e o por do sol, na certeza que no dia seguinte , lá estaria ele magestoso e lindo a nos aquecer a vida novamente.
Com o passar dos dias fomos entendendo que nada daquilo que esperávamos e planejamos tinha dado certo. As férias estavam se encaminhando para o fim. Aqueles dias mágicos não estavam sequer acordados para acontecerem em alguma outra oportunidade futura. Estávamos felizes e gratas a Deus por tudo isso que aconteceu em nossas vidas. Nosso reencontro foi algo sem precedentes e foi tudo perfeito.Estávamos mais ligadas uma a outra do que sempre estivemos, mas já nos sentínhamos tão longe do coração uma da outra...No ultimo fim de semana que passaríamos juntas , mamãe anunciou um piquenique no pé das montanhas.Ela havia convidado alguns amigos antigos e entre eles algumas pessoas que eu já podia também chamar de amigos.Jovens como nós mesmas e outros que eram mais velhos, alguns do trabalho de minha mãe , outros eram parentes distantes ,sobrinhos netos de minha avó materna.
Nos primeiros 10 dias em que estava na casa de minha mãe, aos poucos fui me acostumando com a escuridão permanente, apesar da icrível iluminação, porque saímos para muitos lugares exatamente para que eu pudesse me habituar aos dias sendo noites.Foi até mesmo divertido para mim que passei a querer ir a lugares que eram realmente escuros, as 10 horas da manhã.Isso depois de vencer a diferença de fuso do Brasil para Noruega.E em pouquíssimos dias ninguém diria que eu era uma menina dos trópicos, acostumada ao sol e calor.Me sentia muito confortável naquelas roupas tão necessárias que aqueciam não só ao corpo , mas a alma também.Meu estado de espírito era assim, feliz e confortável ,mesmo em uma temperatura abaixo de zero.
Papai, apesar de se mostrar entusiasmado com a ideia de ir me encontrar e estar junto com todas nós, não pode ir.Os negócios não poderiam ficar sem ele durante tanto tempo e seu melhor assistente estava em férias em algum outro estado brasileiro.Mamãe apesar de um tanto decepcionada, não se mostrou contrariada e escreveu uma carta para seu ex- marido lamentando que não pudesse ir, mas dizendo entender seu comprometimento com o trabalho. ( O que depois ficamos sabendo, minha irmã e eu, que este exato comprometimento profissional foi uma das principais causas de brigas entre eles ). Frustrada mesmo ficamos nós, que apesar de estar passando dias incríveis, já lamentávamos a nossa futura separação.Quando recebemos a carta de papai, soubemos que nossa intenção não iria realizar-se.A partir desse momento, entendemos que teria que haver outro jeito para ficarmos juntas,mesmo que nossos pais continuassem separados.
Em nossas conversas ficávamos horas conjecturando, e pensando possibilidades de fazer com que eles se encontrassem.E como papai não iria vir para ficar uns dias e levar-me com ele novamente, estávamos arquitetando algo que fizesse mamãe ir ao Brasil para levar-me de volta .Mas essas nossas conversas não impediam que aproveitássemos tudo ao que tinhamos doireito. E quando finalmente em meados de fevereiro o sol apontou no horizonte, foi deslubrante para mim. Depois daquelas férias nunca mais veria o sol como antes.Era maravilhoso apreciar o nascer e o por do sol, na certeza que no dia seguinte , lá estaria ele magestoso e lindo a nos aquecer a vida novamente.
Com o passar dos dias fomos entendendo que nada daquilo que esperávamos e planejamos tinha dado certo. As férias estavam se encaminhando para o fim. Aqueles dias mágicos não estavam sequer acordados para acontecerem em alguma outra oportunidade futura. Estávamos felizes e gratas a Deus por tudo isso que aconteceu em nossas vidas. Nosso reencontro foi algo sem precedentes e foi tudo perfeito.Estávamos mais ligadas uma a outra do que sempre estivemos, mas já nos sentínhamos tão longe do coração uma da outra...No ultimo fim de semana que passaríamos juntas , mamãe anunciou um piquenique no pé das montanhas.Ela havia convidado alguns amigos antigos e entre eles algumas pessoas que eu já podia também chamar de amigos.Jovens como nós mesmas e outros que eram mais velhos, alguns do trabalho de minha mãe , outros eram parentes distantes ,sobrinhos netos de minha avó materna.
Ficamos muito felizes com a perspectiva desse encontro familair e de amigos também.Na véspera ficamos até tarde preparando coisas gostosas para levarmos.Fizemos muitas das coisas que aprendemos com papai e por isso lembramos dele o tempo todo. Dormimos muito pouco aquela noite,mas acordamos muito animadas.Iríamos em seis carros e pretendíamos passar o dia todo entre o mar e a montanha.Uma bela localização, que nessa época do ano estava com muitas excursões de turismo.Ao desenabrcarmos mamãe foi logo na frente escolher um bom lugar para ficarmos, enquanto nós tentávamos ajudávar a retirar as cestas de lanches dos veículos.
Nossa supresa foi única quando avistamos nosso pai estendendo uma manta com mamãe. Nesse momento eles nos viram e vieram nos abraçar. Foi uma grande surpresa, algo com que não contávamos mais.Soubemos depois que a carta que minha mãe escreveu dizendo compreender as razões de papai para não ir ter conosco, surtiu um efeito incrível e mesmo contrariando toda a lógica dele , foi para Oslo se reunir com sua família.Foi um dia maravilhoso em que nossos pais não se separaram em nem um momento. Minha mãe já sabia que ele iria a esse pequinique , mas nada nos disse fazer uma surpresa.O que era para ser somente um fim de semana, durou uma semana inteira.Foi durante este passeio que eles começaram a namorar. E por isso nas férias do meio do ano, todos nós tornamos a nos encontrar no Brasil. Minha mãe que nascida em Oslo, foi criada no Brasil,matou as saudades e nessa oportunidade, nossos pais resolveram tentar novamente estarem juntos como um casal. Mas não naquele momento ou naquele ano.Ela ainda voltaria a Noruega , para seu trabalho por mais três anos, quando então se aposentaria e finalmente poderia estar de vez com papai no Brasil.Naqueles três anos nos encontrávamos em todas as férias e ao completarmos dezoito anos, assistimos felizes o novo casamento de nossos pais, que foram passar a lua de mel no Japão, muito longe de nós, mas perto do nosso coração.Estávamos plenas de felicidade.Foi um dos melhores momentos de nossa vida.Passaríamos a morar juntas e dormiríamos também no mesmo quarto, para o início de dias e noites maravilhosas que reforçariam nossa amizade e amor para o restante de nossas vidas.Éramos mais uma vez uma família.
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Paz e Bem!
Maura Nelle