Muitas pessoas me perguntam como enxergo alguns aspectos da personalidade humana. Então trouxe algumas ideias que me ajudam a orientar este raciocínio .
Somos múltiplos
A mente humana é complexa em suas bases e simples em
suas manifestações. Talvez eu vá fazer uma simplificação de muitos
conceitos para apresentar em apenas um post aqui no blog.
Poderíamos imaginar a personalidade humana dividida em camadas mais rasas e outras mais densas e profundas.
Ao longo da vida vamos criando películas emocionais que se cristalizam em pequenos drives psicológicos. Criamos pessoas independentes dentro de nós, as sub-personalidades.
Os sentimentos não estão paralisados dentro de nós. Dançam conforme o nível de exigência que o meio ambiente nos exige.
Entendo que existe um núcleo da personalidade no qual vão se desdobrando outras camadas.
O amor
O amor é a camada mais profunda do psiquismo humano. É aquela necessidade de contato,
toque e cuidados que a criança experimenta. A vontade básica é de ser
acolhida e aconchegada de maneira exclusiva, abundante e ininterrupta.
Mas a vida segue cheia de frustrações e esperas. Aquele
bebê lindo nem sempre é atendido. Surgem as primeiras feridas emocionais
acompanhadas de um sentimento de rejeição e dor.
Tristeza
A tristeza é o legado das frustrações emocionais. Essa
sensação é marcada pela perda da esperança e completude e lentamente uma
ferida se sobrepõe a outra. Aquele amor primordial já aparece com alguma
apatia e manchado de pequenos receios.
Medo
Como resultado dos receios e machucados o medo aparece
como mecanismo de proteção de uma nova sensação de “ataques” dos outros.
O receio de se relacionar, envolver ou entregar domina a pessoa que
está fixada nessa camada emocional.
Raiva
O medo é uma emoção passiva, é uma reação a um impulso
de ataque real e imaginário. Já a raiva traz a aparente sensação de
força, vigor e ação. A pessoa raivosa realmente acredita que está no
controle e a falsa sensação de poder.
Máscaras
Como camada final surgem as múltiplas estratégias
defensivas que se compõe no relacionamento com o mundo externo. A figura
simpática ou problemática, a pessoa gentil ou provocadora, o amigão de
todos ou o isolado da turma. Cada um vai escolher a máscara que mais se
sente hábil para proteger todas aquelas camadas anteriores.
Com o tempo fui chegando à nítida sensação de que as
pessoas tristes, temerosas, raivosas ou as mais artificiais tem um
desejo profundo de reconhecimento e amor por trás de sua aparente força
ou fragilidade.
Se você consegue acessar alguém nesse nível de amor,
poderá obter muito mais dela do que se reagir ao medo, a tristeza e a
raiva.
Fred Matos
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Maura Nelle